A menina azul
O vestido vermelho rodava no salão. Ela brilhava mais que todos os olhos . Seu pulsar era rápido, grandes nos pequenos medos. Vinha quase sem chão, corria desesperada envergonhada pela castração da família. Chorava por não saber nem bem por que salivava a dor. Despia-se sem nenhuma calma. Olhava para o espelho e doía a alma, nem podia andar. Caiu. Exalava a cor da mais pura exatidão azul. Incapacitou-se e dormiu no sono sub-consciente. Melhor que correr os riscos de deixar ser ouvida, trancou a porta. Carente nos traços dos barracos frouxos. Tenho certa ou pura imagem da menina azul, que constatava com seus tempos perdidos... Pegou o amor e a paixão e comeu como aquele que tem o estômago vazio. Se não era aquele que tinha tudo... Era o nada para encher. Quem a disse mesmo? Mas quem a dizia que sabia? Colocaria a frente dos seus pscicodélicos sonhos amadores. Não pouco tempo de apetecer e agora seu corpo estava no palco. Senso mudo do mundo. Contradição na paciência, queria tudo. Conflitos querendo aparecer, sangue sobre o teto, morte do bem no "the end"... Comeu com sal e sol a água gélidas do perdão passadas por sua veia morta. E ainda por fim suspirou em puro facete mentido para si em um argumento tolo. Se deixou cansar pelo medo do escuro onde jazia. Uma música, dos acréscimos do fim. Ela cria a morte! Ela era a morte!
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