Esses dias atrás enquanto o sol caía, passeava na praia com um grande amigo*. Ele ligou uma música no celular e nós continuamos á andar. A música falava sobre um garoto que era extremamente apaixona por uma garota, mas ela teve que ficar longe dele. E na música ele pedia para ela não esqueçer dos momentos bons vividos pelos dois, e que era só ela olhar para o céu e falar que amava ele que tudo terminaria bem. O refrão era assim: "Pensa em mim/Que eu to pensando em você/E me diz/O que eu quero te dizer/Vem pra cá, pra eu ver que juntos estamos/E te falar/Mais uma vez que te amo". Você deve estar se perguntando porque estou fazendo mershandagem de uma música que você nunca deve ter ouvido. Bom, eu senti naquele momento que era muito difícil sustentar um sentimento e comentei com o meu amigo que achava não seria capaz de sentir algo tão extremo que resistiria á solidão e ao tempo. Ele respondeu que quando se gosta mesmo de alguém não preceitos pra terminar este gostar. E me deu um exemplo: "Quando sua mãe e seu pai morrer você vai esquece-los?". Disse que não. Ele tem razão. Íamos em direcção é casa de praia onde estávamos hospedados naquele fim de semana. Nenhum dos dois disseram nada na caminhada. Quando chegamos á porta da casa perguntei á ele se todos aqueles sentimentos que sentimos quando estamos perto de uma pessoa não era só uma desculpa para a processão. Acho que ele mesmo sendo um garoto de quinze anos de idade conseguiu explicar melhor pra mim o que era um sentimento por alguém do que qualquer pessoa feita. Pegou na minha mão, segurou firme e falou:
_ Quando agente sente, apenas sente. Pode ate ser um sentimento de posse mas este sentimento que esta com você naquele momento ou agora...
*Texto dedicado Breno, um grande amigo, que me aconselha em meus delírios filosóficos.