E de repente tudo era quente e cheio de tons.
Nenhuma pena, nenhuma suplica só a ponta de uma flecha qualquer que a atingiu.
Vinho roxo, como sua boca: vermelha. Sonhos, vermelhos do mais puro e sintético desejo, como a pasta que disposta na mesa se passa no pão e o mel que escorre.
Gosto de azeitonas pretas, fantasias verdes, cheias de esperança. E então explosões de lucidez e desvarios firmes, deliciosos.
Um jazz com tom de madrugada, deixava o ambiente com ar de leveza. Eles deliravam sorrindo (sem nem encostar um no outro), nas nuvens dos seus pequenos templos mentais.
Mais um copo, sorrisos. Depois, corpos e suspiros. Vozes sussurrando palavras tolas mas cheias de vida.
Dentro de um quarto onde o mundo não estava, muito menos eles mesmos, porque agora eram outros...