Blá, blá e blá ...

Estou cansada de querer saber quem sou. Vou deixar para lá. Esquecer.
Família, pai, amigo, irmão... Todos esperando coisas de você.
Ainda bem que de mim não dizem. Ou estou puramente enganada:
com certa certeza devem cochichar trivialidades ao meu respeito. Mas quer saber? ....
É, talvez você não queira saber.
E nem eu.
Deixei de querer saber, de me interessar pelo que está na minha frente. Talvez meu objetivo agora seja o nada. Ou o que está entre o nada e o concreto. Nem quero mais querer estar ou fazer algum tipo de diferença. Por que é muito complicado lhe dar consigo mesmo e com todos os outros. Depois estamos envoltos em tão densa poeira... e .... e....
Talvez me desespere desta forma por não me encontrar aqui.
Procurar mais fundo, tentar entender... Pra que? Acho que estou meio perdida. Tudo bem. Será que vale a pena?
De vez em quando durmo sem querer acordar.
E outras vezes acordo sem querer, porque algo arde e regurgita dentro de mim. Dizendo: Você não é você! Quem sou?
Não falem. Calem. Por um segundo quero silêncio para sucumbir a todas as inclinações forçadas.
So far, so good...
Corra antes que amanheça, e não conte a ninguém o que ouviu. Pode ser fatal.

Quanta besteira, nego tudo que disse! O mundo não roda em torno do sol!