Queria tocar o nada
Entender o tudo
Em alguma parte de mim
Clarear a ata no "in"
Queria entender o coração alterado
Estreito,
Algo assim
Sem saber o fim
Queria entender o luar
A vida e o pão
Passar bem, e enlouquecer
Ser maior que não ter...
Queria entender o grito
Como a agonia
Zunir em um ouvido
E mudar como uma etnia
Queria entender a brisa
O mar lánguido que tenta ver
O tempo fraco que olha
E depois morrer
Queria entender a mão que afaga
A porta que era tua
O chinelo velho
Para não me ver completamente nua
Queria entender a noite
Que vem como serpentes
Entender como deslisa
E nem sentes
Quero entender o fim
Para sempre acabar
Para sempre ser mais que o porquê
Assim, talvez, serei você