_Não! Você precisa pressionar o botão, para que ele vá para frente!
Ela dizia ao espelho, enquanto eu sentado na platéia impressionava-me com sua esplêndida beleza. Seus cabelos cor de sol balançavam esvoaçantes, conforme sua atuação e até parecia flutuar no palco. Eu á mercê daquele conto que já assistira mais de dez vezes, mas não me cansava. Nome nem sei ao certo, mas sua beleza irradiava o palco, tomava conta da cena, podia parar de falar, que estaria tudo certo para os seus ouvintes. As cenas se passaram rápidas como todos os outros espetáculos. Aquela cena final, onde ela entrava com um vestido vermelho e plumas carmim. Aquele ar de superior em seu rosto, composto por uma doçura interminável, eu até já sabia de cor o texto e podia narrar cada passo. Entrava da coxia esquerda, sentava no pequeno banquinho que se posicionava no centro do palco. A fenda da saia do seu vestido deixava á mostra suas belas pernas. Puxava a calda do vestido para que o próximo ator não pisasse, e tragava um cigarro cenográfico. Podia sentir seu perfume, mesmo de longe.
Não esquecerei nunca do dia que á vi pela primeira vez. Passava cabisbaixo pela rua, onde localiza o teatro (não sei hoje, depois de tanto tempo...), e vi um cartaz da peça que apresentava. Decidi entrar, morava sozinho, não tinha ninguém para prestar contas do horário de voltar. Sempre fui assim muito solitário. Paguei o ingresso, a peça iria começar onze e meia, e eram dez e pouco. Muito sistemático resolvi nem ir para casa, e fiquei por lá mesmo em um bar na esquina, que daria para ver o movimento do teatro. Então quando ia dando onze horas parou um taxi na porta do teatro, e ela desceu graciosa em seu andar. Entrou no teatro com um figurino nos braços e deu boa-noite para o porteiro, vi seus lábios balbuciar. Parecia estar com pressa, mas seu rosto não escondia aquele leve sorriso animador. Não hesitei em nas noites seguidas á essa passar no teatro, e comprar o ingresso, já que este ficava no caminho para minha casa. E cada espetáculo que assistia me encantava, mais com a menina que representava uma moça chamada Janete. Saía do teatro dando suspiros e contente.
Ela começou a me intrigar, e a idéia de chegar perto dela era como seu fã era amimadora. Ensaiava o que iria dizer no caminho ao teatro:
_Olá, eu sou... Não! Olá não!..._ parava um pouco refletia _ Oi! É “oi” é uma boa... Que tal... : Oi, eu sou... Não! Não! Não!
Será que ela iria gostar de mim. Poderia puxara papo, aí iria fluir bem natural. Depois concordaria com tudo que ela dissesse e balançaria a cabeça com um ar de intelectual.
Daria até para eu pedir o telefone ou mesmo convida – lá para dançar um dia desses.
Imaginava com seria, puxaria cadeira para ela... Talvez pudéssemos nos casar um dia, ter gêmeos, um cachorro é uma casa com um grande jardim. Mas refletindo, percebi que tinha planos extremamente juvenis. Ela tava tomando conta daminha cabeça.
Então naquela quinta fria, depois de assistir o espetáculo resolvi ir até o palco cumprimenta – lá:
_ Oi... , e outro espectador entrou na minha frente, abaixei a cabeça e quando ia indo em borá eu ouvi aquela voz doce
_Eí você ! Psiu!
Eu olhei para traz
_ Vem cá, meu bem!
Mas não era comigo, certo ódio me invadiu, vontade de fazer ela me perceber!
Saiu um homem de corpo escultural e postura de uma classe social superior á minha bem atrás de mim. E foi até ela, dando um abraço muito forte. E percebi que era hora de eu ir. Cabisbaixo igual aquela noite que passei na frente do teatro, quando a vi pela primeira vez. E pude ainda ouvir um pouca da conversa dela, dele junto comas vozes do atores que se confundiam com o publico.
Ela: _ Você gostou? Nunca veio na foi? Ainda bem que veio desta vez.
Ele: _Cheguei atrasado, mas ao menos cheguei.
Ela: _ Por isso não te vi chegar. Pode entender a peça?
Ele: _ Há claro! Quando cheguei ainda estava no início...
E as vozes foram se confundindo cada vez mais que me aproximava da porta de saída do teatro. Ainda olhei uma última vez para trás, mas já estava muito longe e precisava prosseguir.
***
Abri a porta, a noite parecia mais iluminada do que a anterior, podia até ver a sombra dos velhos e corroídos móveis. Deitei – me na cama, ma parecia dura como pedra. Olha no que a desilusão de um homem nós leva. Virei de lado e passei a noite em claro até amanhecer.
No dia seguinte foi o dia que mais me animei com a organização de meus pensamentos. Não fui ao teatro. Quando cheguei em minha casa de noite, sentei em minha cadeira refleti um pouco sobre como poderia chegar mais perto dela. Mesmo que algo dentro de mim dissesse que não. Em mim tudo aquilo parecia uma urgência. Então tive a idéia de persegui-la até a sua casa. Mas tinha de ser um jeito que ninguém me visse.
Aí olhei o relógio e vi que ainda dava pra pegar ela saindo do teatro, pois a peça já havia começado. Peguei um casaco velho preto empoeirado, dentro do armário, porque a noite estava fria. E saí. Andei rápido, pois o teatro ficava longe da minha casa, e perto do trabalho. Depois de muito andar, cheguei á tempo. Perguntei para o porteiro do teatro se peça já tinha acabado ele respondeu que não. Fui até o bar do outro lado da rua, e me sentei na mesma mesa.
Até que vi uma porta se abrir, e logo depois do publico ela saiu vestida de casaco. Deu boa-noite para o porteiro, e com seus passos largos andou em direção ao boteco que eu estava. Logo que passou por mim, levantei-me e fui atrás dela.
Tentava dar por despercebido, às vezes andava em sua frente. E tentava disfarçar o Maximo. Acho que ela não deve ter me percebido. Teve um ponto da caminhada que entrou por uma viela, foi pegando a chave dentro da bolsa de coro preta e entrou em um prédio azul escuro. Presumi, essa é a casa dela. Tinha um lixeiro na frente (do prédio, pois estava com uniforme azul, e o nome do edifício), que comprimento – na. E tratei de puxar papo com ele para conseguir o número do apartamento dela:
_ Boa- noite..., disse
_Boa!
_Você sabe se tem algum apartamento para alugar aqui?
_Não só pra temporada.
_Você trabalha aqui?
_Faço a coleta dos lixos recicláveis. E levo até um posto.
_Você viu que loira...
_È ela é linda! Mora aqui. Dizem que é atriz.
_É mesmo. È na cobertura?
_ Não, ele riu, é no 402.
_402?!Hum...
Olhei no relógio e criei a desculpa:
_ Bom tenho que ir, minha mulher deve estar me esperando. Mas você não sabe de nenhum apartamento por aqui?
_ O moço aqui é difícil ter apartamento para alugar é muito difícil por está rua ser muito tranqüila.
_ Então ta. Já vou.
E acenando tchau fui me afastando. A conversa com o lixeiro foi animadora. Estava extremamente satisfeito.
No dia seguinte um amigo me convidou para uma festinha com muita cerveja em um bar perto do trabalho. Eu disse que não iria que ia ao teatro, e o convidei, ele aceitou. Assim que acabou o expediente fomos para o teatro, ele estava de carro e assim ainda pode passar e casa e traçar de roupa antes de começar a peça. Vesti o mesmo casaco preto empoeirado.
Assistimos à peça inteira. Logo após o termino do espetáculo, quando nós entramos no carro eu perguntei:
_ Se pode me deixar em outro lugar. Não é a minha casa, mas é aqui perto...
_ Claro! Diga-me onde?
E expliquei para ele onde era a casa dela.
Logo que desci do corro, conferi se a chave de fenda estava no meu no meu bolso.
Peguei e segurei bem firme, subi os degraus que dava pra porta do prédio e sorrateiramente abri o portão. Por dentro o prédio parecia bem escuro. Pensei que como saí logo que a peça acabou ela não estaria lá. Subi sem ninguém me ver todos os andares. E quando já estava sem fôlego cheguei ao quarto andar. Era um apartamento por andar, assim era melhor. Forcei ainda um pouco a porta para abrir. Quando entrei vi um apartamento muito bem arrumado, ela perecia ser muito organizada. Dei alguns passos e fui até seu quarto e de repente ouvi um barulho vindo da sala. Era a porta se abrindo, claro que já estava aberta já tinha “arrombado”. Fiquei sem ação, Era Ela! Quando fui me esconder de baixo da cama deixei cair um abajur rosa e o barulho da lâmpada quebrando, do estilhaço ia chamar a atenção dela. Ouvi passos de salto vagarosos ir até a cozinha, pois podia sentir o cheiro dela se movimentando pelo apartamento. Eu não sabia o que fazer. Cada vez mais ficava desesperado. Abri o armário e me joguei lá dentro. Ouvi seus passos mais e mais perto e o desespero aumentava a cada segundo. O meu coração disparou, minhas mãos ficaram frias. Parecia que eu tinha sido pego pela minha mãe fazendo traquinagem, mas agora era muito mais muito serio.
Ela se aproximou do armário, dava pra ouvir. E abriu, quando me viu deu um berro de medo. Era como se toda minha vida tivesse ligada á dela. Podia-me sentir por inteiro, dominar todos os meus sentidos, e um minuto de compreensão fez-se luz e escuro. Seus olhos me via cair, e meu sangue sujava sua roupa. Disse quando pude tomar o último fôlego: Porque fez isso? Eu Morri.
Ela ainda chorou por cima do meu corpo, me carregou até a sala puxando meu corpo pelo apartamento. Voltou correndo até o quarto e pegou um lenço preto e uns óculos escuros. Não reconhecia em seus olhos onde estava àquela doçura de sempre? Levou-me até a escada de emergência do prédio, que dava para a garagem. Puxando-me pelas pernas, me colocou no porta-malas de um velho carro caro amarelo.
Andamos um pouco, demos umas voltas. Meu corpo sacudia, ela estava aflita, estava muito rápido. Parou em um terreno baldio que dava pra o fundo de um prédio. Largando meu corpo lá, saiu correndo para o caro.
Ao amanhecer os microrganismos já tinha tomado conta do meu corpo. E a minha carne putrefaça exalava um odor terrível. Uma senhora estendia roupa no prédio e me avistou, com um susto muito grande chamou a policia que chegou e me levou. Fui deixado ao leu. Fui chamado de indigente e o meu corpo foi levado á uma universidade, que me abriram, para abrir as novas mentes universitárias.
Ela deve andar por aí sem preocupação. Pois nunca a irresponsabilidade da policia brasileira foi atrás. Não posso falar que esse foi o crime perfeito, porque não existe um crime perfeito. Mas ela me pareceu com isso muito inteligente, largando-me em um terreno quem iria desconfiar que eu fosse que já amou ela, mas profundamente. Amor? Isso parece mais sado masoquismo. Bom, agora que já me fui posso dizer que isso é amor. E vou ama – lá com todo o meu ser, mesmo que só seja uma força que sobreviveu depois de uma morte.
1*
Cada vez que me deparo com uma folha em branco, lembro-me de como deveria iniciar as palavras, para o entendimento geral do meu ponto de vista. Talvez porque as minhas palavras em um papel, onde tudo pode aceitar, não é nada. Encontrava-me em um estado estremo de ir à busca da verdadeira paz, já que um sentimento muito forte me invadia. Precisar ser quem sou, era muito mais do que aceitar ser quem sou e foi então que aquele maravilhoso e vago sentimento pode me compreender em uma só, me levando em lágrimas profundas, e um pouco de nada na cabeça. A paz ficara pra traz, e eu seguia, sabendo que era uma ilusão procurar algo ainda não experimentada. Mas será que se chamava paz?
Cada vez que andava me sentia mais longe, as árvores frondosas, eu nem podia parar para observar. Alguns galhos batiam em meu rosto, e voltavam rasgando minhas costas. Não sabia nem direito porque estava correndo, mas corria com todo força, que em minha vida não experimentara. De repente, o fôlego me faltou e meus músculos da perna me doíam muito, as feridas agora ardiam, e senti algo. Cansaço. Foi então que de um mergulho, caí, com uma dor que cortava meus pensamentos, me desatinando, e o escuro repentino aconteceu.
Chamo isso de fuga!Cansada e nervosa, o ódio podia me ter de inteira que não faria nada, só abriria minha mente para sua entrada. Aí, acordei. Estava no mesmo lugar, deitada, alguns insetos estavam em minhas pernas, e eu muito frágil me ocupara de dormir, até o anoitecer. Devagarzinho levantei, perecia que a terra havia sucumbindo minhas feridas que ardiam de forma terrível. Mas algo me disse que tinha alguém ali, no meio daquelas árvores, foi quando eu o vi. Vinha com suas calças rasgadas, e logo acendera uma lanterna, sua percepção de movimentos era muito rápida, e na sua investigada por entre as árvores não me viu. Ele passou a luz umas duas ou três vezes por mim. Deveria ter lá seus quatorze anos, e de repente o reconheci. Era alguém por quem me apaixonei, era ainda um brotinho, forte, e não me preocupava em ser ou provar pra alguém que era. Quieta, eu era, mas ele não. Foi meu primeiro amor, e de forma arrebatadora, levou muito mais de mim do que pequenos beijos, insignificantes.
Passou a lanterna de novo, e sem querer quebrei um galho. Parecia que o tempo não tinha judiado dele, continuava com em minha mente. Contemplei por um tempo, nunca mais poderia esquecer. E gritou:
_Ta limpo!
Uns cinco garotos saíram de trás das árvores, eu poderia descrever cada um cada detalhe, os conhecia como irmãos, companheiros. Pedro, Victor, De, Erick e Junior. Todos me pareciam tão novos. Quieta dei um passo para me firmar, e mais um barulho fiz, me encolhi toda para não ser percebida. Falaram algo que não compreendi, e saíram, como uma brisa correndo.
Tinha que esperar até o dia seguinte para voltar, devia ter falado que estava ali, talvez eles pudessem me ajudar?Mas já nem os via por entre o matagal, por outro lado, não sei direto por que aquela minha reação. Queria passar despercebida, e parecia que quanto mais me escondia mais me mostrava eu.
Aquele sentimento havia ido á terra, com meu sono. A fome que era um desejável vazio naquele instante não sentia, a sede era pouca, mas parecia que não era de água. Decidi não andar pra canto nenhum ficar ali deitada parada. Sentindo o meu corpo, ser quem era. Agora era aquele momento, eu era aquele momento. A abstinência de uma TV não me incomodava.
E me encolhi contra o fio, e dormi. Dormindo leve sonhei...
Cheguei à sala e estava tudo escuro, de noite havia chovido, podia sentir no ar. Mas não tinha o cheiro do orvalho da manhã. Com um tempo de espera tudo passa, e até aquela voz que ecoava na sala ao lado, se calou. Sentada em um canto, um som de ruído adentrou a sala. E certa melancolia se afastou de mim. Podia ouvir os ruídos das crianças, mas não vê-los. Sentir. Será que era mais do que ver ou provar?
Entreguei-me em um pequeno êxtase de instantes, e a orquestra das gotas de chuva caía sem parar sabre às folhas que escorriam em minha face. Nunca tive, nem nunca terei um despertar tão bom, o frio não era problema, já não o sentia mais. Saí andando sem paradeiro, para ver aonde chegava ver se chegava a algum lugar. Não tinha sensação de estar perdida, pois estava me encontrando. Quisesse talvez estivesse atrás do sentimento paz? Ou era mesmo como uma fuga? Perguntei-me diversas vezes se não era só mais uma crise existencial. Mas em nenhuma conclusão eu chegara. Refleti sobre a minha vida, o meu espaço, o que eu pensava de tudo. Andei bastante, mas o cansaço já não era problema, não o sentia. E de repente vi uma clareira, a tarde já se punha e cada vez mais o medo do escuro não eu não sentia. Corri com força para chegar mais rápido o possível perto da clareira. E vi uma casinha, de madeira, que nem aquelas do João e Maria, mas agora era de madeira. Lá dentro devia morar alguém, pensei, pois queria saber a curiosidade de minha espécie não me deixou. Andei em passos finos e tentei espiar pela janela de vidro sujo, não se via nada. E fui até a porta. Hesitei, abaixei a cabeça, olhei para os meus pés feriados por pedras, mas o engraçado é que não sentia dor. Quando levantei a cabeça de novo vi uma chave na maçaneta de metal da porta, rodei a chave, e encontrei o interior da casa, parecia um pouco velha, empoeirada. A casa estava abandonada.
Logo que entrei me questionei como seria a pessoa que viveu naquela casa. Parecia tudo tão familiar, um sentimento me deu a impressão de que não deveria ter entrado. Mas o que iria fazer? Já estava lá dentro. E deixei que o meu cansaço modificasse os meus pensamentos, deitei no sofá e relaxei. Olhando para o teto não estofado, pensei como era a ligação entre a causa e o efeito. Como eu fui parar ali e a alguns fragmentos do tempo atrás estava em meio á um transito infernal. Queria dormir, mas não sentia sono, só uma grande falta de alguém. Toda via queria ficar ali, mas pensava no passado. Lembrei-me da minha mãe e de seus ensinamentos sobre o fogo, falava que quem brinca com fago faz xixi na cama. Soltei uma risada que encheu a casa com o eco. Quando reparei na parede vi aquela pintura de Da Vinci, onde temos todos os discípulos sentados á mesa fazendo a última ceia. Havia me desgrudado de “Deus” desde a faculdade, que me perguntei muito se ele realmente existira. Procurava agora, paz, aquele sentimento dentro de mim, mas não achava, achava só lembranças esquecidas com o tempo. Na parede da cozinha da minha casa tinha uma replica desta mesma obra. Que ganhava asas cada vez que observa. Uma vez perguntei á minha mãe:
_Eles comiam pão francês, ou pão italiano?
_Pare de conversa boba menina!
Era uma pergunta crucial. Observava tanto que um dia me perguntei se tinha já aquelas feridas nas mãos enquanto comia pensava como seria nojento comer com feridas abertas. Soltei outro riso, gozando da minha ingenuidade. Logo me perdi em pensamentos e adormeci.
Não foi tanto tempo para acordar, acordei no meio da noite, com o abrir da porta. A escuridão era só uma inútil desculpa para aquele medo. O ser humano tem medo do desconhecido, e o medo do desconhecido que abria aquela porta me dominou e se expressou em um grito. Das sombras apareceu um ser pálido com uma arma na mão. Era um senhor de idade media estatura baixa, parecia nativo e me olhava com mais medo de mim do que eu dele. E rápido perguntou:
_ Quem está aí?
Meus lábios secaram e a minha voz faltou. A arma em sua mão tinha poder, e sua voz de cólera me dava mais medo. Dizem que quando nós sentimos amedrontados, devemos ocupar mais espaço, e não tentar se encolher cada vez mais. E foi isso que fiz me estiquei no sofá, e rapidamente me pus de pé. Ele tentava me ver na escuridão, mas parecia que com o brilho da lua só eu podia vê-lo. Quando ia levantando a arma e mirando-a em mim gritei:
_ NÃO! Por favor, sou de bem... Não me faça nada, se essa casa for sua pode deixar que vou ao amanhecer. Mas deixe-me ficar até lá.
Ele abaixou a arma, andou até um candelabro, que tinha em cima da mesa de pernas tortas. Parecia que conhecia cada canto da casa. Pegou como de reflexo, um fósforo no bolso e riscando – ó apareceu luz! Minhas vistas confundiram o homem com o fogo, e de repente o homem estava em chamas como a casa. Eu corri para fora, e em um instante tudo estava queimado. Fiquei ali na frente da pequena casinha encolhida com as pernas contra os meus seios, sentada observando o fogo engolir a casa. Pra mim a calor já não fazia diferença, mas o medo sim. O medo que eu tinha de ficar só. Senti algo andando atrás de mim. Olhei rapidamente, mas não consegui ver o que realmente era. Passou de novo, e de novo. E as arvores começaram a balançar. Senti o meu coração acelerar e a fumaça subiu com o apagar das chamas. Chovia, o desespero me dominou, e corri. Correndo cada vez mais, assustada. Tudo tinha ido tão depressa e agora aqueles sentimentos todos voltaram? Dominar aquilo não era fácil. E senti algo tocar meu ombro, era o senhor, que fora juntos com as chamas contidas pelo fogo. E dizia:
_Saía daqui! Não é o seu lugar!
E banhada em suor acordei. Um suspiro de alivio agora podia dar. Aquele sonho tinha-me confundido completamente. Já era de manhã, e podia-se ouvir os pássaros contarem. Então senti um vazio por dentro... Era fome!Eu precisava pela primeira vez nós últimos dias me alimentar. Procurei como um desesperado atrás de uma droga pela casa por comida, mas nada encontrei. Além de alguns biscoitos amanteigados dentro do armário, e estavam podres. Lembrei-me de minha avó. Ela fazia esses biscoitinhos toda vez que ia lá. Dizia pra mim que nenhuma mentira podia ser verdadeiramente mentira, toda mentira tem um fundo de realidade. Parei por um instante e refleti por eu estava ali, e de repente não sabia mais por que fugira tão longe. Talvez tivesse achado o que procurava muito perto de mim, só não procurei. Estar presa por si própria, sim eu tinha me prendido ali, eu criei tudo aquilo, para poder ter uma desculpa para mim mesma. E caí no chão deixando escorrer pelos dedos o pote de vidro, e som dos estilhaços quebrando ecoaram pela casa. Escorri pela parede como maçarão mole, a minha fraqueza e ao meu pessimismo podiam falar mais alto. O arrependimento era o que mais sentia, e nem sabia direito por que. Pensava em como saí de casa e corri pra lá agora me sentia imunda e perdida.
Meus pensamentos me fizeram sair do eixo, os controla agora eram difíceis às lembranças engraçadas e ingênuas não passava mais de um sonho bom e aquela sala, onde o sol batia o cheiro das árvores molhadas de orvalho, o canto dos pássaros, a paz não estava mais aqui. E porque mesmo estava ali?
Não sabia o verdadeiro por que. Minhas pernas havia me perdido, e meu coração de repente não era mais o mesmo. Decidi levantar, mais a fraqueza era muita, deixei que os sentimentos me invadissem e aquilo tudo de porque joguei fora em poucas lágrimas, que rolavam vagarosas. Pensei: “O Tempo parou”. E tinha parado mesmo.
Ouvi um ruído lá fora, enxuguei as lágrimas, com minhas mãos sujas, levantei esticando o carpo em direção á janela. Vi um vulto, se mexendo por entre os arbustos. E a sensação de estar sendo vigiada voltou. Pensar é muito mais que se preparar pra agir ou falar, o pensar se move através de sentimentos. E pensei que meus sentimentos poderiam me levar fora dali. Em tão tive uma resposta imediata á aquilo tudo e saí da casa me encontrando em uma linda manhã de sol. Resolvi andar. Depois de andar muito e não achar nada para comer, eu ouvi um barulho. Mas não era aquele barulho de floresta, galho gravetos. Não... Não, era um barulho de carros. Virei á minha esquerda perseguido o barulho, vi ainda longe uma rua muito movimentada esconder-se por entre os galhos. Parei. Pensei o que eu queria... E dando as costas para o “mundo”, fechei os olhos e corri. Caí no chão e me contentei em ficar ali, em um ato de fraqueza. Pronto! Foi aí que descobri que a paz é um estado de espírito. E que toda vez que eu podesse ouvir sem nenhum barulho em volta, olhar com olhos fechados e sentir a frieza da terra, com seu cheiro sujo. Era quando estava em um estado que me condicionava não estar. O que procurava, talvez encontrasse á muito tempo, mas ao meio de um meio sem isso, não poderia ser aproveitado. As idéias se moviam vagarosas, e os ideais maué já eram outros...
Cada vez que andava me sentia mais longe, as árvores frondosas, eu nem podia parar para observar. Alguns galhos batiam em meu rosto, e voltavam rasgando minhas costas. Não sabia nem direito porque estava correndo, mas corria com todo força, que em minha vida não experimentara. De repente, o fôlego me faltou e meus músculos da perna me doíam muito, as feridas agora ardiam, e senti algo. Cansaço. Foi então que de um mergulho, caí, com uma dor que cortava meus pensamentos, me desatinando, e o escuro repentino aconteceu.
Chamo isso de fuga!Cansada e nervosa, o ódio podia me ter de inteira que não faria nada, só abriria minha mente para sua entrada. Aí, acordei. Estava no mesmo lugar, deitada, alguns insetos estavam em minhas pernas, e eu muito frágil me ocupara de dormir, até o anoitecer. Devagarzinho levantei, perecia que a terra havia sucumbindo minhas feridas que ardiam de forma terrível. Mas algo me disse que tinha alguém ali, no meio daquelas árvores, foi quando eu o vi. Vinha com suas calças rasgadas, e logo acendera uma lanterna, sua percepção de movimentos era muito rápida, e na sua investigada por entre as árvores não me viu. Ele passou a luz umas duas ou três vezes por mim. Deveria ter lá seus quatorze anos, e de repente o reconheci. Era alguém por quem me apaixonei, era ainda um brotinho, forte, e não me preocupava em ser ou provar pra alguém que era. Quieta, eu era, mas ele não. Foi meu primeiro amor, e de forma arrebatadora, levou muito mais de mim do que pequenos beijos, insignificantes.
Passou a lanterna de novo, e sem querer quebrei um galho. Parecia que o tempo não tinha judiado dele, continuava com em minha mente. Contemplei por um tempo, nunca mais poderia esquecer. E gritou:
_Ta limpo!
Uns cinco garotos saíram de trás das árvores, eu poderia descrever cada um cada detalhe, os conhecia como irmãos, companheiros. Pedro, Victor, De, Erick e Junior. Todos me pareciam tão novos. Quieta dei um passo para me firmar, e mais um barulho fiz, me encolhi toda para não ser percebida. Falaram algo que não compreendi, e saíram, como uma brisa correndo.
Tinha que esperar até o dia seguinte para voltar, devia ter falado que estava ali, talvez eles pudessem me ajudar?Mas já nem os via por entre o matagal, por outro lado, não sei direto por que aquela minha reação. Queria passar despercebida, e parecia que quanto mais me escondia mais me mostrava eu.
Aquele sentimento havia ido á terra, com meu sono. A fome que era um desejável vazio naquele instante não sentia, a sede era pouca, mas parecia que não era de água. Decidi não andar pra canto nenhum ficar ali deitada parada. Sentindo o meu corpo, ser quem era. Agora era aquele momento, eu era aquele momento. A abstinência de uma TV não me incomodava.
E me encolhi contra o fio, e dormi. Dormindo leve sonhei...
Cheguei à sala e estava tudo escuro, de noite havia chovido, podia sentir no ar. Mas não tinha o cheiro do orvalho da manhã. Com um tempo de espera tudo passa, e até aquela voz que ecoava na sala ao lado, se calou. Sentada em um canto, um som de ruído adentrou a sala. E certa melancolia se afastou de mim. Podia ouvir os ruídos das crianças, mas não vê-los. Sentir. Será que era mais do que ver ou provar?
Entreguei-me em um pequeno êxtase de instantes, e a orquestra das gotas de chuva caía sem parar sabre às folhas que escorriam em minha face. Nunca tive, nem nunca terei um despertar tão bom, o frio não era problema, já não o sentia mais. Saí andando sem paradeiro, para ver aonde chegava ver se chegava a algum lugar. Não tinha sensação de estar perdida, pois estava me encontrando. Quisesse talvez estivesse atrás do sentimento paz? Ou era mesmo como uma fuga? Perguntei-me diversas vezes se não era só mais uma crise existencial. Mas em nenhuma conclusão eu chegara. Refleti sobre a minha vida, o meu espaço, o que eu pensava de tudo. Andei bastante, mas o cansaço já não era problema, não o sentia. E de repente vi uma clareira, a tarde já se punha e cada vez mais o medo do escuro não eu não sentia. Corri com força para chegar mais rápido o possível perto da clareira. E vi uma casinha, de madeira, que nem aquelas do João e Maria, mas agora era de madeira. Lá dentro devia morar alguém, pensei, pois queria saber a curiosidade de minha espécie não me deixou. Andei em passos finos e tentei espiar pela janela de vidro sujo, não se via nada. E fui até a porta. Hesitei, abaixei a cabeça, olhei para os meus pés feriados por pedras, mas o engraçado é que não sentia dor. Quando levantei a cabeça de novo vi uma chave na maçaneta de metal da porta, rodei a chave, e encontrei o interior da casa, parecia um pouco velha, empoeirada. A casa estava abandonada.
Logo que entrei me questionei como seria a pessoa que viveu naquela casa. Parecia tudo tão familiar, um sentimento me deu a impressão de que não deveria ter entrado. Mas o que iria fazer? Já estava lá dentro. E deixei que o meu cansaço modificasse os meus pensamentos, deitei no sofá e relaxei. Olhando para o teto não estofado, pensei como era a ligação entre a causa e o efeito. Como eu fui parar ali e a alguns fragmentos do tempo atrás estava em meio á um transito infernal. Queria dormir, mas não sentia sono, só uma grande falta de alguém. Toda via queria ficar ali, mas pensava no passado. Lembrei-me da minha mãe e de seus ensinamentos sobre o fogo, falava que quem brinca com fago faz xixi na cama. Soltei uma risada que encheu a casa com o eco. Quando reparei na parede vi aquela pintura de Da Vinci, onde temos todos os discípulos sentados á mesa fazendo a última ceia. Havia me desgrudado de “Deus” desde a faculdade, que me perguntei muito se ele realmente existira. Procurava agora, paz, aquele sentimento dentro de mim, mas não achava, achava só lembranças esquecidas com o tempo. Na parede da cozinha da minha casa tinha uma replica desta mesma obra. Que ganhava asas cada vez que observa. Uma vez perguntei á minha mãe:
_Eles comiam pão francês, ou pão italiano?
_Pare de conversa boba menina!
Era uma pergunta crucial. Observava tanto que um dia me perguntei se tinha já aquelas feridas nas mãos enquanto comia pensava como seria nojento comer com feridas abertas. Soltei outro riso, gozando da minha ingenuidade. Logo me perdi em pensamentos e adormeci.
Não foi tanto tempo para acordar, acordei no meio da noite, com o abrir da porta. A escuridão era só uma inútil desculpa para aquele medo. O ser humano tem medo do desconhecido, e o medo do desconhecido que abria aquela porta me dominou e se expressou em um grito. Das sombras apareceu um ser pálido com uma arma na mão. Era um senhor de idade media estatura baixa, parecia nativo e me olhava com mais medo de mim do que eu dele. E rápido perguntou:
_ Quem está aí?
Meus lábios secaram e a minha voz faltou. A arma em sua mão tinha poder, e sua voz de cólera me dava mais medo. Dizem que quando nós sentimos amedrontados, devemos ocupar mais espaço, e não tentar se encolher cada vez mais. E foi isso que fiz me estiquei no sofá, e rapidamente me pus de pé. Ele tentava me ver na escuridão, mas parecia que com o brilho da lua só eu podia vê-lo. Quando ia levantando a arma e mirando-a em mim gritei:
_ NÃO! Por favor, sou de bem... Não me faça nada, se essa casa for sua pode deixar que vou ao amanhecer. Mas deixe-me ficar até lá.
Ele abaixou a arma, andou até um candelabro, que tinha em cima da mesa de pernas tortas. Parecia que conhecia cada canto da casa. Pegou como de reflexo, um fósforo no bolso e riscando – ó apareceu luz! Minhas vistas confundiram o homem com o fogo, e de repente o homem estava em chamas como a casa. Eu corri para fora, e em um instante tudo estava queimado. Fiquei ali na frente da pequena casinha encolhida com as pernas contra os meus seios, sentada observando o fogo engolir a casa. Pra mim a calor já não fazia diferença, mas o medo sim. O medo que eu tinha de ficar só. Senti algo andando atrás de mim. Olhei rapidamente, mas não consegui ver o que realmente era. Passou de novo, e de novo. E as arvores começaram a balançar. Senti o meu coração acelerar e a fumaça subiu com o apagar das chamas. Chovia, o desespero me dominou, e corri. Correndo cada vez mais, assustada. Tudo tinha ido tão depressa e agora aqueles sentimentos todos voltaram? Dominar aquilo não era fácil. E senti algo tocar meu ombro, era o senhor, que fora juntos com as chamas contidas pelo fogo. E dizia:
_Saía daqui! Não é o seu lugar!
E banhada em suor acordei. Um suspiro de alivio agora podia dar. Aquele sonho tinha-me confundido completamente. Já era de manhã, e podia-se ouvir os pássaros contarem. Então senti um vazio por dentro... Era fome!Eu precisava pela primeira vez nós últimos dias me alimentar. Procurei como um desesperado atrás de uma droga pela casa por comida, mas nada encontrei. Além de alguns biscoitos amanteigados dentro do armário, e estavam podres. Lembrei-me de minha avó. Ela fazia esses biscoitinhos toda vez que ia lá. Dizia pra mim que nenhuma mentira podia ser verdadeiramente mentira, toda mentira tem um fundo de realidade. Parei por um instante e refleti por eu estava ali, e de repente não sabia mais por que fugira tão longe. Talvez tivesse achado o que procurava muito perto de mim, só não procurei. Estar presa por si própria, sim eu tinha me prendido ali, eu criei tudo aquilo, para poder ter uma desculpa para mim mesma. E caí no chão deixando escorrer pelos dedos o pote de vidro, e som dos estilhaços quebrando ecoaram pela casa. Escorri pela parede como maçarão mole, a minha fraqueza e ao meu pessimismo podiam falar mais alto. O arrependimento era o que mais sentia, e nem sabia direito por que. Pensava em como saí de casa e corri pra lá agora me sentia imunda e perdida.
Meus pensamentos me fizeram sair do eixo, os controla agora eram difíceis às lembranças engraçadas e ingênuas não passava mais de um sonho bom e aquela sala, onde o sol batia o cheiro das árvores molhadas de orvalho, o canto dos pássaros, a paz não estava mais aqui. E porque mesmo estava ali?
Não sabia o verdadeiro por que. Minhas pernas havia me perdido, e meu coração de repente não era mais o mesmo. Decidi levantar, mais a fraqueza era muita, deixei que os sentimentos me invadissem e aquilo tudo de porque joguei fora em poucas lágrimas, que rolavam vagarosas. Pensei: “O Tempo parou”. E tinha parado mesmo.
Ouvi um ruído lá fora, enxuguei as lágrimas, com minhas mãos sujas, levantei esticando o carpo em direção á janela. Vi um vulto, se mexendo por entre os arbustos. E a sensação de estar sendo vigiada voltou. Pensar é muito mais que se preparar pra agir ou falar, o pensar se move através de sentimentos. E pensei que meus sentimentos poderiam me levar fora dali. Em tão tive uma resposta imediata á aquilo tudo e saí da casa me encontrando em uma linda manhã de sol. Resolvi andar. Depois de andar muito e não achar nada para comer, eu ouvi um barulho. Mas não era aquele barulho de floresta, galho gravetos. Não... Não, era um barulho de carros. Virei á minha esquerda perseguido o barulho, vi ainda longe uma rua muito movimentada esconder-se por entre os galhos. Parei. Pensei o que eu queria... E dando as costas para o “mundo”, fechei os olhos e corri. Caí no chão e me contentei em ficar ali, em um ato de fraqueza. Pronto! Foi aí que descobri que a paz é um estado de espírito. E que toda vez que eu podesse ouvir sem nenhum barulho em volta, olhar com olhos fechados e sentir a frieza da terra, com seu cheiro sujo. Era quando estava em um estado que me condicionava não estar. O que procurava, talvez encontrasse á muito tempo, mas ao meio de um meio sem isso, não poderia ser aproveitado. As idéias se moviam vagarosas, e os ideais maué já eram outros...
BRASIL NOSSO!
Brasil,
Brasil mestiço
Brasil com Z,
Brasil bunda!
Brasil cara,
Brasil Branco, preto , índio,
Brasil tupi, tupinambá, tupiniquin,
Brasil angolano, marroquino, africano
Brasil, espanhol, português, frncês, alemão
Chinês, Japonês!
Brasil colônia,
Brasil ouro
Brasil carnaval
Brasil pandeiro
Brasil cultura
Brasil política
Brasil sem rei
Brasil sem lei
Brasil bola
Brasil atleta
Brasil riquezas de encher olhos de brancos!
Brasil comercio
Brasil terras
Brasil escravos
Brasil exploração
Brasil abuso
Brasil água
Brasil infinitas riquezas!
Brasil que disseram olha lá!
Brasil propriedade
Brasil gente,
Brasil estrangeiro
Brasil copia
Brasil dependente
Brasil LIBERDADE
Brasil NOSSO!
Brasil mestiço
Brasil com Z,
Brasil bunda!
Brasil cara,
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Brasil angolano, marroquino, africano
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Brasil comercio
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Brasil escravos
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Brasil que disseram olha lá!
Brasil propriedade
Brasil gente,
Brasil estrangeiro
Brasil copia
Brasil dependente
Brasil LIBERDADE
Brasil NOSSO!
Além de nós
Porque nós mostramos tão insignificante?
Cada vida não passa de mais algo á dizer
Cada morte foi algo dito
E de noite vem o medo
Mas querer ser quem não é
È mais difícil de ser
Pois todos os tipos de linguagem
Não passa de uma forma de comunicação
È o contexto incompreensível
A conversa que não se escuta
Já que a linguagem é uma identificação
Sou o que sou
E sempre serei eu
O tempo esquecera dos nomes
E o conhecimento será cada vez mais cobiçado
O nome é uma linguagem que não se entende
Na fala
Cada dia que passa o tempo
Leva segundos que poderíamos
Aproveitar
E a organização que é que quebrada
O sentido que me falta
A bulssola que perdi
Queria uma realidade menos mórbida
Sem seus falsos moralismos
Sem seus defeitos fictícios
E á menos que morremos tentado ser além de nós
Nunca poderemos voar
Ou mesmos cobiçar algo além de mim...
ALÉM DE NÓS!
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