De largar os panos deste plano
Ser cigarra
Ser feliz
Nem ligar para o que foi
Para as procissões e opiniões
Para as mais diversas relações
Para você que quer que eu vá
Mas não vai
Não ligar para mim
Ter o pensamento quieto
Ser menino
Ser velho
E ter um coração cheia de besteiras
Olhos prontos para jorrar as tristezas da humanidade
Ter sonhos feitos, plenos
Simplesmente sem ter-te por perto
Você que não sabe quem eu sou
E faz-me perder
O meu ínfimo amor
Não me admira...
Que me deixa a solidão
A margem do seu tempo
Caída ao chão
É aos prantos que te mato com força e coragem
Te empurro na forca do meu coração
Na forca da minha opinião
Não me perturbará mais
Sei que posso ser bem quem sou
Remou suas palavras
Seu capitalismo que me faz morrer
Seus dias de trabalho árduo
Sem sentido para viver
A inércia dos meus pobres percalços
Que não se enquadra em você
( a meu iap )