Eles se olhavam profundamente sem se tocaremo só para sentirem a gana do desejo que derrama florescente. Sangue de borboleta no parapeito da janela, ela ainda sentia a frustração na pele ao sentir o sentimento esfriar. Ele virou e ela se jogou do trapézio para não precisar mais equilibrar, sentimentos suicida a queria morta de amor, ou melhor de dor, para não olhar nada do ar.
Corria sempre para frente mas não saía do lugar, onde estaria? Apenas a eremita em cima do morro, que se jogou e virou noticia no jornal da manhã com cheiro de leite quente, sabia onde estava.
Se jogava para não dizer a verdade a si mesma. Algo melancólico e suicida era sua emblemática áurea azul-claro. Prometeu mudar as palavras, expressar-se melhor, viver e conhecer outras coisas, mas se viu dizendo a mãe que ela dormisse bem para o dia seguinte. Ela mesma não vivia este que passara direito.
Qual a verdadeira importância da verdade? Obscura missão ela tem. Durma no leito do rio para sentir a brisa da noite, quando acordasse seria tão fria que nem se entenderia. Frígida, se jogaria do trapézio para não se equilibrar.
Vozmecê não entende nada! Aprenda que a falta de nexo dela é apenas a fuga do mundo que a cerca, saiba que criança não entende o que falam, mas entende o que sente porque não tenta traduzir.
Ela se jogou para deixar aos seus irmãos a imagem dramática da bela flor, para que ele a olhasse diferente e não deixasse o sentimento esfriar. Não era necessário.
Piscar três vezes para não esconder a falta de medo nos dedos.