Si le soleil disparaît

Preciso cortar alguns laços, desses que agente treme só de pensar. O que me falta é coragem. Por isso sinto enjôo, deito, rolo, levanto, esmago, caio e subo, mas não me enquadro. Aquela vontade de sumir ainda não sumiu. E fica escondida o tempo todo na menina, que dorme de baixo do meu travesseiro em uma foto. Queria entrar na toca do coelho e lá mesmo ficar, entre as descobertas e o gato que ri. Como é mesmo o nome dele? Mas não sei se a vontade sumiria... Ou aumentaria? Para qualquer causa o tempo está aí com seus efeitos. Furtivo e contínuo em uma sopa quente. Opa! Ou na solidão da lua, que não vejo daqui de dentro. Mas mesmo assim a vontade não se vai. O que fazer bem tarde? Mentiras, soluços, ' Bag and bye'. Prefiro suspirar, pensar e sentir saudade do que ter coragem. E ainda de vez em quando me sentir cruel comigo mesma e afogar mais ainda. Tão doce quanto o sorriso sem alegria... Mas leve que o pesado mar. Espero que possa se apagar.

Um comentário:

Manoel disse...

Sair da comodidade não é tarefa fácil. Por isso mesmo exige muito de desprender para apreender. Decisões sérias tem implicações sérias, mas há de tomá-las um dia. Sentir-se perdida e confusa é um natural no ser humano perfeito com sotaque de Deus. Contudo se tem que fazer, a faça. Se achar impossível, a faça assim mesmo.