Felicidade é uma coisinha tão pequena,
uma inofensiva ilusão aleatória onde realizo todas as minhas contradições e contradanças
É a noite, entretanto, também é o dia.
É o bem , porém, também é o mal.
É tudo que sou e o que eu não sou.
Felicidade é o agora-já das fotografias velhas,
capturadas pela câmera secreta,
das palavras ditas,
dos anos mais frios,
guardadas pelo chuvisco e pelas tantas lembrança que cultivo,
pesadas demais para te mostrar.
Felicidade é fechar os olhos e estar em outro lugar
Por os pés no chão... e acordar.
São os nossos sorrisos e risos
Ao cair da tarde
Até o silêncio findar.
Felicidade é não encontrar palavras...
São as frases bestas levadas pelo mar
Pelo amar
É te ver resmungar.
É a capacidade, a inatividade, a metade
É saciar.
Felicidade são as janelas
E as meninas postas nelas
a me observar.
E os poetas a poetizar.
Felicidade é o pensamento
e o nem pensar.
São meus fragmentos amarelos
e olhos vermelhos
Felicidade é o dormir
e talvez não acordar.
É a mesa que se põe em seu olhar
É o pais de trebizonda
e as ronda do carpinteiro,
que insistem em me achar.
Felicidade é a claridade escura
dos caminhos que escolho
Onde sentir e observar
é uma questão de parar de especular.
Felicidade é tudo que quiser
o bem e o bom
de estar e ser
sem entender
e poder sonhar...